terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Tabaco


O consumo de tabaco remonta ao ano 1000 A.C., nas pequenas tribos indígenas da América Central, era usado em rituais mágicos e religiosos com o objectivo de purificar, contemplar, proteger e fortalecer os impulsos guerreiros. A partir do século XVI, o seu uso foi introduzido na Europa, por Jean Nicot, após a planta do tabaco lhe ter cicatrizado uma úlcera na perna, até então incurável. Começou então a utilizar-se o tabaco para fins medicinais, como por exemplo para aliviar a enxaqueca.
Por volta da quarta década do sec. XIX, surgem as primeiras descrições de homens e mulheres a fumar cigarros, apesar da sua explosão ter sido apenas na Primeira Grande Guerra. Hoje em dia, com o evoluir da ciência, numerosos estudos científicos comprovam os malefícios do tabagismo para a saúde pública.
Os principais efeitos da nicotina no Sistema Nervoso Central são a elevação no humor e falta de apetite. A nicotina é considerada um estimulante leve. Após um consumo habitual, as pessoas tendem a consumir cada vez mais, para que os efeitos sentidos sejam iguais aos anteriores. Produz também efeitos a nível cardiovascular como o aumento do batimento cardíaco, aumento da tensão arterial, e aumento da frequência respiratória. No sistema digestivo provoca uma diminuição da contracção do estômago, dificultando a digestão.
O fumo do cigarro contém um grande número de substâncias tóxicas ao organismo, como a nicotina, o monóxido de carbono, e o alcatrão. O uso intenso e constante de tabaco aumenta a probabilidade de ocorrência de doenças como pneumonia; cancro (pulmão, laringe, faringe, esófago, boca, estômago, etc.); enfarte agudo do miocárdio; bronquite crónica; enfisema pulmonar; derrame cerebral; úlcera digestiva; etc. Entre outros efeitos tóxicos provocados pela nicotina, destaca-se ainda as náuseas, dores abdominais, diarreia, vómitos, cefaleia, tontura, bradicardia e fraqueza.
Quando há uma suspensão imediata do consumo, o fumador vai sentir um desejo incontrolável pelo tabaco, irritabilidade, agitação, obstipação, dificuldade de concentração, ansiedade, tonturas, insónias e cefaleias. Estes sintomas são provocados pela síndrome de abstinência e poderão começar a desaparecer ao fim de uma ou duas semanas.
O hábito de fumar é muito frequente na população e deve ser algo a evitar numa sociedade cada vez mais consumista, onde o consumo começa na adolescência. As medidas adoptadas não são as suficientes para evitar que os grupos de risco, adolescentes, iniciem o consumo. Uma educação escolar deveria ser mais eficaz e deveriam ser aplicados métodos para que as pessoas deixassem este vício como a comparticipação de medicamentos.

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