sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Os AVC's, são um dos principais responsáveis pelas elevadas taxas de mortalidade e morbilidade de todo o mundo e a 3ª causa de morte na Europa. É uma patologia que resulta na falta de aporte sanguíneo a uma determinada área do cérebro, podendo ser causada por uma variedade de alterações histopatológicas que envolvem um ou mais vasos sanguíneos. É das patologias que maior incapacidade origina, a nível motor, sensorial e cognitivo.
Os Principais factores de risco são a idade superior a 50 anos, sexo masculino, história familiar de AVC, factores genéticos, hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas, colesterol elevado, ingestão elevada de álcool, obesidade, sedentarismo e tabagismo.
Os sintomas que mais frequentes são o início agudo de uma fraqueza num dos membros ou na face, distúrbios visuais como a perda da visão num dos olhos, perda da sensibilidade através de dormência, perda da fala, convulsões, hemiparésia (diminuição da força de um lado do corpo) e em casos mais graves coma.
Para realizar o diagnóstico é necessário conhecer os hábitos de vida do paciente, bem como os factores de risco a que se encontra exposto, devem realizar-se análises sanguíneas, TAC, ressonância magnética, ecocardiograma e angiografia.
O tratamento inclui a identificação e o controlo dos factores de risco, bem como o controlo da hipertensão, da diabetes, e a suspensão do tabaco e o uso de determinados fármacos (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de AVC’s.

Curiosidades:
½ dos casos ocorre após os 70 anos
Taxa de mortalidade no 1º mês – 25%
Taxa de mortalidade no 1º ano – 40%
Incapacidade – Física (50 a 75%); demência (30%); depressão (36%)
Principal causa de morte em 1995 – 23400 óbitos

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Tuberculose Pulmonar


Desde Março, foram detectados seis novos casos de tuberculose pulmonar nas escolas do concelho de Alijó, dos quais cinco alunos e uma professora, única que se encontra internada com a necessidade de diagnóstico. Nestes casos foram identificados diferentes tipos de tuberculose: pulmonar, pleural e ganglionar. Encontra-se já em progresso a fase de rastreio à tuberculose, tendo em vista a detecção e prevenção de novos casos.
A tuberculose é uma doença crónica, contagiosa e potencialmente mortal, caracterizada pela presença de granulomas nos pulmões. Trata-se de um problema de saúde pública que atinge em Portugal uma dimensão preocupante no contexto da União Europeia, sendo uma doença de declaração obrigatória (DDO).
Afecta sobretudo pessoas de idade avançada, devido à diminuição da eficiência do sistema imunitário, associando-se a condições de vida precárias como a falta de higiene e cuidados. A via de transmissão desta doença é a via inalatória, através do ar, quando tossimos, espirramos ou falamos, sendo provocada por uma bactéria denominada Mycobacterium Tuberculosis. Geralmente uma pessoa infectada com tuberculose tem probabilidades de vir a desenvolver uma nova infecção num período de dois anos.
O principal sintoma desta doença é a tosse, podendo ser esverdeada ou sanguinolenta numa fase mais avançada. A febre, dor no peito, anorexia, suores nocturnos, a falta de apetite, a fadiga e o emagrecimento são outros sintomas característicos desta patologia.
O método de prevenção mais utilizado é a vacinação, através da vacina BCG, que é aplicada nos primeiros 30 dias de vida, sendo capaz de proteger contra as formas mais graves de tuberculose. O diagnóstico pode ser efectuado através do RX tórax, prova de Mantoux e baciloscopia. É uma doença que tem 95% de probabilidade de cura através da combinação de três medicamentos, (rifampicina, isoniazida e pirazinamida), durante seis meses sem interrupção.
Na maior parte dos casos, o tratamento deve ser feito em casa e acompanhado pelo médico de família. Contudo, se o diagnóstico não for favorável, o doente fica bastante fragilizado necessitando de ser internado com isolamento.