sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica


A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma classificação ampla que inclui um grupo de patologias associadas à obstrução crónica do fluxo aéreo, tais como, bronquite crónica, enfisema pulmonar e asma. A obstrução da via aérea corresponde ao estreitamento da via aérea. Basicamente a pessoa com DPOC apresenta excessiva secreção de muco no interior das vias aéreas. Como resultado destas condições há um subsequente dano à dinâmica das vias aéreas – perda da elasticidade e obstrução do fluxo aéreo.
A maioria das pessoas que sofrem de obstrução crónica das vias aéreas é fumadora, porém, existem factores coadjuvantes como a poluição ambiental, a profissão, as infecções e a herança genética. Esta susceptibilidade não pode ser explicada pela quantidade de cigarros fumados, em vista de existirem outros factores de susceptibilidade pessoal que fazem com que 15 a 20 por cento dos fumadores desenvolvam uma DPOC e não o restante.
Aproximadamente 20% dos homens adultos tem bronquite crónica, ainda que apenas uma minoria esteja incapacitada. Os homens são afectados com mais frequência que as mulheres, embora o consumo de tabaco entre as mulheres tenha aumentado e também o número de mulheres com doenças respiratórias.
Uma história de consumo de mais de 20 cigarros ao dia, durante 20 anos, é praticamente essencial para o diagnóstico da DPOC. A idade de aparição está geralmente acima de 50 anos. De modo geral, estes doentes procuram o médico quando a dificuldade para respirar interfere na sua actividade diária normal, o que indica uma perda grave da função pulmonar. A anorexia e a perda de peso são observadas frequentemente nos períodos avançados da doença e têm mau prognóstico.
A DPOC tem algumas manifestações características, podendo manifestar-se a maior parte delas: Produção de expectoração, dificuldade respiratória, aumento do trabalho respiratório, sibilos, tosse e desidratação.
A primeira medida de tratamento da pessoa com DPOC consiste no abandono do tabaco, pois o abandono do tabaco melhora a tosse e a expectoração, melhorando a função pulmonar. Para diminuir a resistência à passagem do ar nas vias aéreas poderão ser utilizados broncodilatadores e corticoides. A alimentação adequada é um factor importante no tratamento, bem como uma ingestão adequada de líquidos. Desenvolverão a DPOC aproximadamente 15% dos fumadores.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Cancro do Pulmão


O cancro do pulmão é uma doença maligna resultante do crescimento descontrolado de células do revestimento epitelial da mucosa dos brônquios e alvéolos dos pulmões. O cancro do pulmão é uma neoplasia frequente e é responsável por cerca de 1/3 de todas as mortes por cancro. É a principal causa de morte por cancro nos homens desde 1955, e nas mulheres desde 1985. Felizmente, devido à redução dos hábitos tabágicos dos adultos nas últimas duas décadas a incidência do cancro do pulmão atingiu um pico e encontra-se em diminuição. O tabaco é directamente responsável por cerca de 85% dos casos de cancro dos pulmões.
Vários estudos provam que os fumadores têm um risco de contrair cancro do pulmão 14 vezes maior que os não-fumadores, sendo o risco proporcional ao número de cigarros fumados por dia. Fumar charutos ou cachimbos está associado com um menor risco, de apenas 2 vezes maior dos não fumadores.
A inalação passiva de fumo, exposição de não-fumadores ao fumo do cigarro de fumadores, aumenta o risco até 3 vezes o de pessoas que não fumam e não sofrem essa exposição.
Após a deixar de fumar, o risco desce continuamente, aproximando-se mas não atingindo o risco dos não-fumadores, após 15 anos de abstinência, para indivíduos que fumaram durante menos de 20 anos.

Existem 4 grandes tipos histológicos de cancro do pulmão: carcinoma de Células escamosas, adenocarcinoma, carcinoma de células grandes, e o carcinoma de pequenas células.

Os sintomas do cancro do pulmão são muito variados, e podem-se dividir em sintomas torácicos e sintomas de doença metastática. Doentes com lesões centrais brônquicas, queixam-se de tosse, dispneia, sangue na expectoração, sibilos respiratórios, ou pneumonias pós-obstructivas recorrentes. Tumores mais periféricos originam tosse, dispneia ou dor torácica, mas são frequentemente assintomáticos e descobertos por acidente num Rx pulmonar.Metástases podem causar variados sintomas, por exemplo, cefaleias, convulsões, confusão, paralisias unilaterais; dores ósseas; dor na coluna e paralisia dos membros inferiores com ou sem incontinência; anorexia e dor no quadrante superior direito do abdómen. Gânglios linfáticos aumentados e nódulos cutâneos podem ser manifestações iniciais