sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

HIV


O Vírus da Imunodeficiência humana é uma doença que danifica o sistema imunológico do corpo humano, fazendo com que a pessoa fique mais vulnerável a outras infecções. Existem várias teorias e controvérsias para o seu aparecimento. Uma das teorias descreve que o vírus do HIV foi criado em laboratório com o intuito de dizimar a maior parte da população mundial, a principal razão pela qual esta teoria se apoia, é o facto de ser um vírus altamente transmissível e ser demasiado forte e complexo para o qual não existe cura. Outra teoria mais aceitável, é que o vírus teve origem em África nos macacos símios e foram transmitidos para o ser humano através das caçadas.
O HIV começa a manifestar-se intensamente apenas nos anos 80 em grandes aglomerados demográficos dos EUA (São Francisco, Los Angeles e Nova Iorque). Quando a doença foi reportada para o mundo da medicina, julgava-se uma infecção que afectava apenas os homossexuais. Mais tarde, disseminou-se pela Europa sendo o primeiro caso de um português emigrado em França. O vírus acabou por ser descoberto no Instituto Pasteur em 1983 por Luc Montagnier.
Os métodos de transmissão desta doença são a partilha de seringas, relações sexuais sem uso de preservativo, partilhar utensílios que possam conter sangue (lâminas, corta-unhas…), transfusão de sangue de uma pessoa infectada, e de uma grávida para o feto. Os principais grupos de risco são os toxicodependentes, as prostitutas e pessoas com múltiplos parceiros sexuais.
A infecção por HIV passa por várias fases, apresentando cada uma manifestações clínicas específicas. Na fase inicial, as principais manifestações assemelham-se a uma gripe, febre, mal-estar, aumento dos gânglios linfáticos, eritemas, e meningite viral. É nesta fase que há uma maior concentração viral no organismo humano, sendo altamente transmissível. Na segunda fase, existe quase uma ausência do vírus, concentrando-se apenas nos gânglios linfáticos. Na terceira fase, também conhecida por SIDA, o organismo humano já se encontra de tal modo afectado, que já não consegue ter uma resposta imunológica eficiente contra algumas infecções. As suas principais manifestações são o cansaço, tosse, perda de peso, diarreia, inflamação dos gânglios linfáticos, suores nocturnos, pneumonia, sarcoma de Kaposi, linfomas, infecção dos olhos por citomegalovírus e demência. Ao fim de alguns meses ou anos, advém inevitavelmente a morte.
Calcula-se que mais de 15 000 pessoas sejam infectadas por dia em todo o mundo, estando 45 milhões actualmente infectadas e 3 milhões morrem a cada ano. (Dados referentes ao ano de 2000)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Tabaco


O consumo de tabaco remonta ao ano 1000 A.C., nas pequenas tribos indígenas da América Central, era usado em rituais mágicos e religiosos com o objectivo de purificar, contemplar, proteger e fortalecer os impulsos guerreiros. A partir do século XVI, o seu uso foi introduzido na Europa, por Jean Nicot, após a planta do tabaco lhe ter cicatrizado uma úlcera na perna, até então incurável. Começou então a utilizar-se o tabaco para fins medicinais, como por exemplo para aliviar a enxaqueca.
Por volta da quarta década do sec. XIX, surgem as primeiras descrições de homens e mulheres a fumar cigarros, apesar da sua explosão ter sido apenas na Primeira Grande Guerra. Hoje em dia, com o evoluir da ciência, numerosos estudos científicos comprovam os malefícios do tabagismo para a saúde pública.
Os principais efeitos da nicotina no Sistema Nervoso Central são a elevação no humor e falta de apetite. A nicotina é considerada um estimulante leve. Após um consumo habitual, as pessoas tendem a consumir cada vez mais, para que os efeitos sentidos sejam iguais aos anteriores. Produz também efeitos a nível cardiovascular como o aumento do batimento cardíaco, aumento da tensão arterial, e aumento da frequência respiratória. No sistema digestivo provoca uma diminuição da contracção do estômago, dificultando a digestão.
O fumo do cigarro contém um grande número de substâncias tóxicas ao organismo, como a nicotina, o monóxido de carbono, e o alcatrão. O uso intenso e constante de tabaco aumenta a probabilidade de ocorrência de doenças como pneumonia; cancro (pulmão, laringe, faringe, esófago, boca, estômago, etc.); enfarte agudo do miocárdio; bronquite crónica; enfisema pulmonar; derrame cerebral; úlcera digestiva; etc. Entre outros efeitos tóxicos provocados pela nicotina, destaca-se ainda as náuseas, dores abdominais, diarreia, vómitos, cefaleia, tontura, bradicardia e fraqueza.
Quando há uma suspensão imediata do consumo, o fumador vai sentir um desejo incontrolável pelo tabaco, irritabilidade, agitação, obstipação, dificuldade de concentração, ansiedade, tonturas, insónias e cefaleias. Estes sintomas são provocados pela síndrome de abstinência e poderão começar a desaparecer ao fim de uma ou duas semanas.
O hábito de fumar é muito frequente na população e deve ser algo a evitar numa sociedade cada vez mais consumista, onde o consumo começa na adolescência. As medidas adoptadas não são as suficientes para evitar que os grupos de risco, adolescentes, iniciem o consumo. Uma educação escolar deveria ser mais eficaz e deveriam ser aplicados métodos para que as pessoas deixassem este vício como a comparticipação de medicamentos.